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Qual a sua próxima possibilidade de carreira?
Etty Fidele
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Acredite: cada passo que você der, mesmo que pareça ridiculamente simples, pode trazer alguma percepção que você ainda não tinha sobre sua próxima possibilidade de carreira


A maior parte das pessoas que embatuca* na carreira acredita que para começar a desembatucar é preciso pensar bem. Isso significa pensar muito e direito, esmiuçando a análise de cenários, de oportunidades, do que pode ser interessante (e, tomara!, garantido) como “futuro”. 

A análise é parte do processo de desembatucação, assim como a reflexão a respeito da sua trajetória, das suas capacidades e dos seus talentos. Mas a análise deveria ser uma parte, apenas, não a única etapa em que você investe todo o seu tempo e energia e acha que vai chegar a uma solução só “pensando”.

Uma das maiores armadilhas na mudança de carreira é justamente acreditar em um momento iluminado em que você vai deparar com um pensamento que resolve tudo rapidamente.

Ainda mais sedutora é a ideia de um perfeito lampejo de clareza – obviamente, logo no começo da embatucação. Sinto muito, mas as coisas não acontecem dessa forma e nem nessa velocidade. 

Na verdade, toda vez que a gente embatuca, a gente se depara com a necessidade de rever escolhas para reencontrar sentido naquilo que faz – e que gera a sensação de realização e de contribuição para o mundo, além de pagar as contas. 

Há uma quantidade considerável de pressão diante da visão indefinida do que fazer para retomar um movimento profissional positivo de um ponto que a gente não sabe qual é – e nem onde vai dar. Quando a compreensão do seu papel na sua vida, o seu bem-estar e a sua sobrevivência estão em jogo, isso pode parecer realmente assustador!

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Pequenas ações intencionais

Agora, o que pode acontecer se, em vez de ficar esperando encontrar 100% de clareza por meio desse pensar frenético sobre o assunto, você pudesse gerar 5% a mais de clareza todos os dias a partir de pequenas ações intencionais?

Qual abordagem parece mais gentil e mais prática com o seu processo de aprendizagem sobre si mesma, sobre o mundo do trabalho e sobre o que está disponível para você?

Minha sugestão é: pare de esperar a melhor ideia para a sua carreira e passe a se concentrar na próxima possibilidade! Ou seja, na ideia de alguma coisa que você já pode fazer, que tem potencial para gerar informação e, criativamente, jogar um tantinho de luz no caminho à sua frente. 

Acredite: cada passo que você der, mesmo que pareça ridiculamente simples, pode trazer alguma percepção que você ainda não tinha quando estava tentando achar respostas dentro da cabeça, consultando suas referências de sempre. 

Atualização de identidade

Faça alguma coisa nova para entrar em contato com a realidade, sem apego a estar certo e sem garantias de que vai resolver a embatucação “de primeira”. A ideia é se permitir pequenas e consistentes ações para aprender sobre os seus interesses e os seus talentos e descobrir o que mais existe para você como potencial, além dos seus medos e do que você já conhece como passado.

Faça uma aula sobre algum assunto que você nunca estudou antes. Converse sobre a sua embatucação com alguém com quem nunca falou antes. Tente uma atividade que sempre teve vontade de realizar e nunca se deu permissão. Procure alguém que tem um trabalho muito diferente do seu e faça perguntas sobre como é a rotina dessa pessoa. Seja voluntária num projeto que precise de alguma habilidade que você tem e não costuma usar profissionalmente. O que mais você pode experimentar?

Mudança de carreira é difícil porque também é um processo de atualização de identidade.

Mas você precisa se ver fazendo coisas que nunca fez – para daí considerar que pode ser alguma coisa que até agora não sabia que podia. Parece complicado, mas você pode se surpreender com as novidades a seu próprio respeito quando, em vez de ficar só pensando, começar, de fato, a explorar as suas possibilidades.


JU DE MARI (@prosa_coaching) é uma jornalista que virou coach para mulheres na PROSA Coaching. Pratica singelezas como forma de se relacionar com a vida de maneira mais criativa. Adora flores e fotografia, tem dois filhos e raízes no frevo pernambucano. Nesta coluna mensal, compartilha reflexões sobre transição de carreira e de estilo de vida para inspirar pequenas revoluções possíveis e práticas.

Leia todos os textos de Ju De Mari na Vida Simples.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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