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O olhar de filha para a mãe que sou
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Pela minha filha, comecei um mergulho em mim. Mas não sou só mãe. Não há como mergulhar em nenhum processo interno sem olhar para quem somos como filhos

Do meu pai eu recebi, e permiti ficar, a honestidade e ética de trabalho. A coragem de encontrar um novo trabalho e mergulhar nele. O se colocar para ajudar o outro, sem alarde. A concentração e quietude. O amor pela música. A força de vontade.

Da minha mãe eu recebi e permiti ficar: a alegria em ajudar o próximo. A emoção com as conquistas de si e dos filhos. A sensação de força do sorriso e das gargalhadas segurando o xixi. O cuidar. O amor pela leitura. O amor ao próprio corpo, não importa a forma dele.

Há outras coisas que recebi e que não ficaram em mim, porque as devolvi para seu lugar de origem. Outras que ainda estou no processo de devolver. E sou muito, muito grata a tudo que tenho em mim que veio deles. Eu não seria quem eu sou hoje e nem poderia me tornar quem eu quero me tornar, sem o presente da vida que eles me deram.

Além dessas heranças de pai e mãe

Há feridas de gerações anteriores às deles, que foram passadas para mim pelo silêncio ou pela repetição? Sim. Eu as honro também. Em cima de tudo posso aprender. A dor ensina. O amor ensina.

Eu amo e honro meus pais, sua parte que me serviu e a que não me serviu. Aceito o que tenho de luz e sombra em mim porque me permito aceitar a luz e a sombra deles. Somos todos humanos, humanos que têm a divindade dentro de si, e que têm a responsabilidade de olhar para essa luz e para essa sombra, em respeito à nós mesmos.

Eu escolhi falar de parentalidade no meu trabalho, porque foi através da minha filha que comecei meu mergulho em mim. Mas não sou só mãe. Não há como mergulhar em nenhum processo interno sem olhar para quem somos como filhos. Deixo a reflexão: o que você recebeu dos seus pais e quer que permaneça?

Thais Basile é mãe da Lorena, palestrante e consultora em inteligência emocional e educação parental, eterna estudante. Apaixonada por relações humanas e por tudo que a infância tem a ensinar. Compartilha um saber para uma educação mais respeitosa no @educacaoparaapaz. Escreve nesta coluna às segundas-feiras.

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