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Para a Psicologia Positiva a definição do amor é: ato de valorizar relacionamentos próximos com os outros, em particular com aqueles em que compartilhar e o cuidar são recíprocos

Ah o amor. Tão fácil falar, tão simples soletrar, porém muitas e muitas vezes difícil de expressar! E amor que não se expressa é amor inexpressivo. Frio, indiferente, distancia física e emocionalmente. Me refiro ao amor verbo, e por ser verbo exige prática. Pense no amor como um músculo. Se você treina ele cresce, aparece, te deixa pronto para responder positivamente as diversas situações. Se você não treina ele não deixa de ser músculo, permanece ali. Porém músculo que não se exercita é músculo flácido. E músculo flácido não sustenta nossos movimentos!

Para a Psicologia Positiva a definição do amor é: ato de valorizar relacionamentos próximos com os outros, em particular com aqueles em que compartilhar e o cuidar são recíprocos; estar próximo das pessoas. Expressão de afeto genuíno. Amar as pessoas, ser amado por elas, amar-se a si! Porém, não são raras as vezes que colocamos regras que determinam a expressão ou não do amor.

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Veja: “Por que eu deveria amar essa pessoa?”. “Eu sou demais para essa pessoa, ela nunca conseguirá me amar como mereço”. “Ela sabe que eu a amo, não preciso ficar falando?” “Eu, amar, para quê? Para me decepcionar se não for também amado?”.

Ou ainda: “Se eu fosse…  (mais magra, mais calma, mais bem sucedido, mais como fulano, mais esperto, mais organizada, menos impulsiva, menos cabeça dura…) eu me amaria mais”. “Quando eu conseguir… aí sim serei digna de ser amada por alguém.”.

Regras para o amor?

Essas regras que criamos são o que chamamos obstáculos a expressão do amor. São obstáculos de autodepreciação ou autoengrandecimento. Não caia nessas ciladas que impedem você de se amar e amar alguém ou os demais. Tanto a autodepreciação quanto o  autoengrandecimento sabotam nossa essência virtuosa, compassiva, benevolente. Como diz Barbara Fredrickson “não há hierarquia em que as pessoas são mais ou menos merecedoras de amor”.

Sabendo disso tudo até aqui, que amor é verbo e que todas as pessoas são igualmente merecedoras dele, que tal aprender a praticar. Lembra da analogia com o músculo? Músculo que habitualmente exercitamos, é músculo que cresce! O exercício chama-se “meditação da bondade amorosa”. A “meditação da bondade amorosa” (Salzberg, 1995) é uma prática de meditação que trata de gerar e direcionar a capacidade de amar para si mesmo, para outras pessoas e para todos os seres vivos. O propósito é aumentar a força do amor; melhorar o autocuidado; fortalecer a compaixão pelos outros.

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E mais: estudos de neuroimagem sugerem que esta meditação melhora as regiões do cérebro que lidam com a empatia e processamento emocional. Benéfica para promover emoções positivas; tem mostrado promover conexões sociais e positividade; levou à melhora da dor e do sofrimento psicológico em pacientes com dor crônica; trabalhos semelhantes revelaram muitos resultados positivos, como sentimentos de felicidade, otimismo e curiosidade; ansiedade, depressão e ruminação diminuídas; menos sentimentos de fracasso e inferioridade, menos autocritica, perfeccionismo, raiva e mente fechada; mais inteligência emocional e sabedoria; melhora da iniciativa e domínio de metas. (Niemiec, 2019). Vamos a ela:

Meditação da bondade amorosa

1 – Pense em alguém em sua vida por quem sentiu-se profundamente amado. Reflita sobre uma situação específica em que você foi inteiro e genuinamente amado por essa pessoa.

2 – Permita-se sentir o amor dessa pessoa naquela situação como se estivesse acontecendo nesse momento. Esteja aberto para perceber os sentimentos em seu corpo.

3 – Recite as seguintes quatro linhas de meditação, sentindo e talvez formando imagens agradáveis associadas com cada linha:

  • Que eu esteja pleno de bondade amorosa,
  • Que eu esteja seguro de perigos internos e externos,
  • Que eu esteja bem no corpo e na mente;
  • Que eu esteja tranquilo e feliz.

Faça esses três passos desta prática meditativa com propósito nobre e com a intenção mais pura!

Comece assim, direcionando o amor interiormente para si mesmo. Quando se sentir à vontade, pratique o segundo nível, que consiste em direcionar o amor para uma pessoa (mude a palavra “eu” por “você”). E, então, o terceiro nível, que envolve direcionar o amor a “todos os seres”.

O amor é uma força de caráter associada a satisfação na vida. É a força mais prevalente nas crianças. Através do amor criamos empatia, nos tornamos tolerantes, liberamos perdão.

Quer ser feliz? Quer longevidade? Relacionamentos saudáveis? Ame! Aprenda a amar, a si e os demais! Amor. Eis aqui um remédio para sua dor!

Abraço fraterno.

Ana Paula Puga é psicóloga, autora de dois livros, educadora parental, coach e conselheira positiva. Também é casada e mãe de três crianças. Seu Instagram é @ana_paula_puga

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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