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Como vai ser 2019 pra você?
Kid Circus | Unsplash
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Começo de ano é daqueles momentos simbólicos que nos convidam a refletir e renovar a vontade de fazer e acontecer. Gosto de pensar que é um respiro que a gente ganha do tempo, esse que vai passar sem que a gente dê qualquer consentimento, pra avaliar, ponderar e selecionar aquilo que quer continuar levando na nossa bagagem vida afora (considere nesse pacote não só objetivos que podem estar datados, mas relações, crenças e atitudes que já não são favoráveis a quem você está se tornando). Sentindo essa brisa que janeiro traz e que sugere um pouco mais de leveza e coerência, o que você está fazendo para contribuir com as mudanças que já sabe que deveria promover em 2019?

Você, certamente, já ouviu dizer que se continuar fazendo as coisas do modo como sempre fez, vai continuar a ter os resultados que sempre teve. Ou seja, mesmo que você tenha a melhor das intenções de mudança, nada vai se alterar se continuar achando que vai construir algo novo a partir de um velho conjunto de pensamentos e atitudes. Muitas vezes, o que impede o desenvolvimento de hábitos diferentes é justamente a insistência em cultivar essa meta junto com antigas formas de pensar sobre como as coisas deveriam acontecer na sua vida. E são tantas as nossas expectativas, os nossos certos e errados, os “tem que ser assim ou assado”…

A questão é que quando nosso modelo mental enrijece e se acostuma a perceber o que pode ser a partir do que já conhece ou do que “prevê” (alerta de ego no controle!), a criatividade embota e o espaço pro espontâneo e pro intuitivo desaparece – afugentamos as surpresas e diminuímos radicalmente as possibilidades daquela vontade saudável de mudar uma ou outra coisa na passagem de ano virar realidade ao final dele! Queremos ter certeza de que vai dar certo antes de começar a tentar. Queremos ter garantia de que vai funcionar antes de experimentar. Queremos ter convicção de que vai ser o melhor antes de testar não só uma, mas várias maneiras de fazer o que a gente gostaria de ver acontecer. Colocamos toda nossa atenção para julgar O QUE e talvez estejamos tirando a força da descoberta do nosso melhor COMO.

Percebo que isso acontece, especialmente, quando minimizamos os esforços mínimos. É como se mudança só fosse válida se viesse acompanhada por decisões estrondosas, que chacoalham tudo e forçosamente alteram o estado das coisas, inclusive, o nosso, já que, diante de situações que nos tiram do planejado, somos obrigados a sair da embatucação à base dos chacoalhões. Mas precisa ser sempre assim, no susto? Será que você não tem uma alternativa mais suave pra começar seja lá o que você está querendo no seu ano de 2019?

O descaso com as pequenas oportunidades nos desvia de ideias e hábitos novos com base na justificativa de que não temos tempo, confiança ou a paciência necessária para acomodá-los na nossa rotina, tão cheia de tantas coisas (que podem estar completamente ultrapassadas, mas estão rodando, afinal). Eu convido você a usar janeiro para repensar essa mania de complicação e prestar mais atenção às coisas simples que você pode decidir fazer de outro jeito agora, já, do jeito que você pode, sem maiores elocubrações.

Vá e faça. Faça pequeno, mas faça. Se está querendo mais organização na sua vida, comece, por exemplo, arrumando a sua cama todos os dias, antes de sair de casa. Se busca mais conexão com você mesmo, observe seus rituais cotidianos, investigue a forma como acha que tem que fazer as coisas que só dependem de você pra serem feitas. E aí coloque você nessa fórmula: que música gostaria de ouvir enquanto dirige? Que cheiro gostaria de sentir ao chegar em casa? Qual a primeira coisa que você faria ao acordar se não estivesse condicionado a pegar o celular e mergulhar nas suas redes sociais antes mesmo de abrir os olhos direito?

As mudanças de hábito que nos conduzem à sensação de realização são construídas nas pequeníssimas decisões que a gente toma e que escolhe manter dia após dia. A insistência no que parece incremental à primeira vista vai gerar a base para resultados consistentes ao longo do tempo. Crie um novo modo de funcionar que favoreça o básico na sua vida: como você quer se sentir com você ao final de cada ano. Aproveite: 2019 está só começando!

Ju De Mari é uma jornalista que virou coach para mulheres na PROSA Coaching. Pratica singelezas como forma de se relacionar com a vida de maneira mais criativa. Adora flores e fotografia, tem dois filhos e raízes no frevo pernambucano. Nesta coluna mensal, compartilha reflexões sobre transição de carreira e de estilo de vida para inspirar pequenas revoluções possíveis e práticas.   

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