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Como uma casa pequena pode parecer grande
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Minimizar os espaços aplicando múltiplos usos, agrega valor, além de contribuir para o aumento de sua funcionalidade.

Já reparou quantas horas do dia você passa em cada ambiente de sua casa? Talvez você nunca tenha feito essa conta ou tenha percebido sua presença nela desta maneira, mas fato é que, dependendo da rotina, raramente ocupamos a maioria deles o tempo todo.

Na verdade, Distribuímos nossos afazeres em nossos ambientes de maneira que atendam nosso dia a dia. Entretanto, será realmente que necessitamos de um ambiente para cada uso especifico?

Vamos tomar como exemplo um quarto. Colocamos uma cama bem gostosa, armário, quadros, papel de parede, cortinas… Decoramos confortavelmente e então passamos a maior parte do tempo neste ambiente, dormindo! Para qual outro propósito serviria as restantes 16 horas deste lugar?

Outros usos

Contudo, pode parecer estranho. Porém, transformar seus ambientes em espaços multifuncionais faz com que sensorialmente sua casa ganhe amplitude, acredite!

Quanto mais criamos lugares com funções mistas para atender as nossas diferentes necessidades, mais perceptível a sensação em relação a sua casa parecer maior do que ela é! Além de ocupar o espaço de maneira inteligente otimizando cada cantinho dela.

Não é à toa o sucesso das  Tiny Houses. Nesse conceito, os ambientes são criados para atender diversas funções e a casa se transformam em pequenos refúgios práticos e bem equipados. Essa é uma tendência que vem crescendo a cada dia. Hoje, a procura é por uma vida mais simples onde não queremos mais ter que nos preocupar com excessos, até mesmo de espaços sem uso.

Por fim, ambientes descuidados acabam se enfraquecendo e perdendo seu poder de ajudar a fazer rodar a energia positiva da casa, principalmente quando os lugares ou cantos vazios acabam esquecidos e se transformam em depósitos de coisas que “iremos usar um dia”, porém esse dia nunca chega, e é aí que mora o perigo. O espaço desaparece! Parece não existir no meio de tantas coisas empilhadas, e aquela falsa sensação de estar sendo útil é uma ilusão.

Múltiplos usos

Eu tenho certeza que você deve ter um desses aí na sua casa, e vai olhar para ele depois de ter lido essa frase! Entretanto, mesmo com espaços diminuídos ao aplicarmos múltiplos usos, ainda estamos agregando valor a intenção de aproveita-lo melhor, além de contribuir para o aumento de sua funcionalidade.

Dessa forma, combinar o home office com o quarto ou com as salas de estar e jantar, a lavanderia com a cozinha, ou o brincar das crianças com o quarto de dormir, ajuda a dar utilidade a todos os cantos da casa, não deixando nada para trás. E isso só acaba sendo possível porque claro, você não irá usa-los todos de uma vez.

pequena casa

Crédito: Andrea Davis | Unsplash-

Por fim, agora você também pode estar pensando na palavra conforto. Achando que poderá perdê-lo ou simplesmente desviá-lo de seu objetivo em se tratando de ocupar habilidosamente os espaços sem utilização, do lugar onde vive.

Conforto primeiro

Dessa forma, conforto é fundamental e altamente individual. Entretanto, respeitá-lo não é a mesma coisa que desperdiçar um melhor aproveitamento de seus ambientes. Conforto se cria nos prazeres pessoais e não nos excessos. Pelo contrário, ocupar o ambiente de maneira mais proveitosa abrirá caminhos para ações que talvez você não tivesse um espaço ideal para realiza-las. Logo, confortos não estão confinados a casa, são recompensas físicas. Além de energizadores emocionais que nos ajudam a aprender mais sobre nós mesmos.

Olhar álbuns de fotografia, dormir até tarde, falar ao telefone com um amigo que mora longe. Assistir comédias bobas de televisão, se permitir a passar horas lendo na cama, tomar conta do jardim, consertar coisas. Essas são situações genuínas que atendem as necessidades da alma e que agradam a nós mesmos quando abrimos espaço para que elas possam existir independente de qualquer coisa.

Mais do que isso, criar ambientes que agrade nossos sentidos, encontrando paz e renovação em momentos de interiorização, se libertar dos excessos ou de qualquer outra complicação que possa estar sendo um fardo possibilitando ampliar nossas necessidades espaciais e da alma, é o presente que ofereço com esta breve reflexão.

Por fim, se desta maneira eu consegui fazer você pensar no conforto da funcionalidade que pode oferecer a si mesmo, já terá servido ao meu propósito de te fazer perceber como sua casa, tanto interna quanto externa, pode ganhar uma nova dimensão.


Clô Azevedo é arquiteta e acredita que a casa é uma extensão das vidas que a habitam. Desenvolve projetos de design de interiores afetivos para conectar pessoas com suas histórias, inspirando a reinventar seu próprio espaço, morar bem e viver melhor. Seu site é designafetivo.com.

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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