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Caro mesmo é o que o dinheiro não compra
Angello Pro | Unsplash
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Neste artigo:

Tudo que merece ser reconhecido como “caro” pertence a outra categoria. Existe em outra escala de valor. Saiba reconhecer as coisas caras da vida.

Repare. As coisas mais caras da vida não sofrem inflação, reajuste, juros, correção monetária. O que há de mais caro entre nós está isento para sempre de impostos e taxas, não depende da variação do câmbio, nem do preço dos barris de petróleo. Não cabe em contratos e tabelas, não entra em cofres, não está nas bolsas de valores. O que vale mais do que toda moeda é o que nenhum dinheiro compra.

Alguém reclama que isso ou aquilo é “caro”, referindo-se a algo para o qual seu dinheiro talvez não seja suficiente, e eu penso comigo: caro mesmo é o tempo que essa pessoa gasta lamentando o que não pode comprar.

Porque, aqui entre nós, se algo está à venda e você não pode comprá-lo, é porque aquilo não é pra você. Pelo menos não é agora. Então, siga em frente e faça o melhor que puder em tudo. Deixe a vida seguir seu fluxo e o que tiver de ser seu por merecimento, será.

Compreender e aceitar uma verdade simples como essa evita frustrações inúteis de todo tipo e economiza um tempo danado da gente. E você sabe: o tempo é um tesouro que o dinheiro não compra.

Eu tenho aprendido uma coisa importante em meu ofício: aquilo que se paga com dinheiro é bem diferente daquilo que nenhum dinheiro compra.

O que se compra com dinheiro pode ser custoso, dispendioso, oneroso, pesado.

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Outra escala de valor

Aquilo que quase todos chamam de caro já é outra coisa. Tudo que merece ser reconhecido como “caro” pertence a outra categoria. Existe em outra escala de valor. São as saudades e as lembranças, as memórias afetivas, os sonhos de infância, as longas conversas, as esperanças a que todos temos direito inalienável.

São os breves instantes que nos reúnem entre os longos anos que nos separam. É aquele sentimento de paz que nos acolhe depois de uma notícia boa. Cara é a nossa capacidade inata de lidar com todas as dores e superá-las com coragem e gratidão por estarmos vivos.

Cara é a confiança entre amigos queridos. Caro é o amor verdadeiro que resiste em meio a tanto ódio gratuito. É o desejo profundo de ajudar alguém sem outro interesse senão o de seguir um instinto humano bonito.

Caras são todas as coisas boas que nascem na gente feito capim na rua. De graça.

Caro mesmo é o que o dinheiro não compra. O resto a gente consegue se puder pagar. E, se não puder, das duas uma: a gente se programa e se esforça para juntar o dinheiro necessário ou a gente assume que não pode pagar e segue em frente.

Lembre-se disso sempre! Aquilo que se paga com dinheiro é bem diferente daquilo que nenhum dinheiro compra.
Eu tenho a impressão de que distinguir essas duas instâncias é uma espécie de superpoder.

Outro dia, alguém me disse que pretendia fazer uma harmonização facial mas que achou muito caro. Eu respondi que caro mesmo é fazer “harmonização espiritual”.

Caro é harmonizar o que você diz com o que você faz, o que você faz com o que você pensa, o que você pensa com o que você sente. O que você sente com o que você é.

Caro é harmonizar a grandeza do seu espírito livre, voando por aí entre os passarinhos, com as limitações do seu corpo pressionado ao chão pela lei da gravidade. Essa é a harmonização mais cara que há.

As pessoas mais bonitas que eu conheço vivem nesse tipo precioso de harmonia consigo mesmas e com o mundo.

Isso sim é muito caro. Isso, para mim, é caríssimo.

O resto, todo o resto, o dinheiro compra.

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FERNANDA GOMES (@fernandagomesdermato) é médica formada pela Universidade Federal de Minas Gerais, com especializações em dermatologia e homeopatia. Acima de tudo, ela acredita na beleza externa como consequência do que cada um tem de bonito por dentro. Faz dos hábitos simples sua receita de saúde e, do trabalho amoroso e dedicado, sua filosofia de vida.

Leia todos os textos da coluna de Fernanda Gomes em Vida Simples.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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