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À medida que você muda, o espaço que você vive também muda
Angela Bailey
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Eu sempre estou mexendo na disposição dos móveis e objetos da minha casa. Gosto de fazer isso até achar um jeito que as coisas se acomodem de maneira que atendam ao que estou precisando naquele momento. Mesmo porque, não dá pra gente achar que tudo ficará no lugar que as deixamos decorando para sempre, porque não vai!

Atualmente, a vida tem mudado a cada momento. E com ela a necessidade de nos sentirmos estruturados e organizados a fim de poder encarar nossos desafios domésticos diários. Se olharmos para nossa casa como um lar que nos dá essa base, certamente ela vai nos acompanhar nesse movimento de adaptação do dia a dia. Um caminhar que não mais se torna solitário pra enfrentar os perrengues do momento. Mas sim algo vivo e flexível que nos dá forças para dar suporte ao ajuste das nossas necessidades em relação ao morar. Foi percebendo isso que aprendi a ter uma constância em relação a observação do espaço que habito, com o objetivo de deixá-lo não só bonito e confortável, mas principalmente funcional.

Trabalhar deste modo na auto observação em paralelo com a observação do espaço que a gente vive, nos faz descobrir o que não está funcionando e, consequentemente, atrapalhando para dar suporte a um processo que estará sempre em movimento no ato do morar.

O que fica para agregar valor

Nossa casa se molda de acordo com a nossa vida. Trabalhar para fazer com que essa ação faça constantemente parte da percepção de atingir um equilíbrio permanente que nos dê conforto para seguir de acordo com as nossas urgências do momento, é o objetivo.

Cada dia mais, temos trazido novas rotinas pra dentro de casa, e estamos tendo que nos adaptar. O trabalho, a escola das crianças, as práticas de mente e corpo, diferentes hábitos nos relacionamentos, tudo isso acompanhado de uma nova realidade que vem se apresentando, e que não tem sido muito fácil de se conciliar.

Quando entro em algum processo onde tenho que modificar algo dentro da minha casa, começo tentando entender o porquê de minha necessidade e o caminho pra onde ela vai me levar.

É pura intuição! E observar essa direção faz parte de nos escutar, das tentativas e erros do fazer acontecer até chegar onde a gente precisa.

Porém quando prestamos atenção nisso, alguns conceitos entram em choque, e é ai que a gente tem que decidir o que fica para colaborar e agregar valor a nova ideia, e o que sai de cena para não acumular. A cada movimento que faço neste sentido, vejo que trago mais vida a minha casa, trazendo mais sentido ao percurso que me leva onde preciso chegar, trabalhando a estética em conjunto com a funcionalidade, organizando um pouquinho por dia, porém todo dia, pra chegar cada vez mais perto do que seja confortável para mim e para minha família.

Equilíbrio entre conforto e funcionalidade

Nestas semanas que se passaram foi a vez de botar mais atenção ao meu home office que vem se modificando a cada nova demanda que tem ocorrido desde que começamos o isolamento.

Afinal, é aqui que compartilho meu espaço doméstico com o trabalho. Então diante disso, qualquer distração é um passo pra desestruturar todo o processo criativo no escritório. Cada momento que alguém me chama, ou que meus filhos resolvem ouvir música com volume alto, adeus concentração! Isso tem sido um desafio presente na minha vida, e tenho certeza que também para maioria de vocês que me leem agora.

Portanto diante dessa situação, ele vem sofrendo constantes transformações com o objetivo de atender minhas necessidades no momento atual. Porém, a cada dia que observo meu espaço, tento moldá-lo sem perder o objetivo de atingir o equilíbrio entre meu conforto e sua funcionalidade, e principalmente respeitando o lugar que ele ocupa na minha casa com a minha família. Confesso que não tem sido fácil, mas sei que o aprendizado vem com o processo, muito mais do que com o resultado, mesmo porque quando está tudo pronto, surgem novas demandas, e é ai que outra experiência se inicia.

Crie um lar

Manter esse equilíbrio exige que possamos enxergar nossos lares e nós mesmos com tanta nitidez e clareza quanto possível. Temos que vivenciá-lo no instante em que está acontecendo. E se esse processo não toca o nosso coração no instante em que está acontecendo, certamente não trará aprendizado para criar algo longevo e significativo. Um local de aconchego e contentamento que nos sustentará por todo o tempo que estivermos nele.

Criar um lar! E não há conforto maior do que isso.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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