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5 dicas essenciais para viajar e comer bem
Karina Cordeiro
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Acompanho muitos grupos de viagem e turismo nas redes sociais – em boa parte do ano, estou em fase de aprendizagem para um novo destino –, e noto que algumas atitudes são importantes para quem busca ter sucesso nesta empreitada.

Não importa se você vai para um lugar próximo ou para outro país. Com a internet, está muito mais fácil pesquisar sobre o seu local escolhido, só que, para tanto, você precisará disponibilizar tempo e empenho. Mas garanto que seu esforço não será em vão. Valerá muito a pena.

Até alguns anos atrás, éramos reféns de poucas referências para estudo, como, por exemplo, os caríssimos guias de viagem — que são excelentes, mas nos oferecem informações limitadas, se comparamos com o universo da web. Detalhe importante: mesmo com as minhas ressalvas sobre esses guias, se puder, adquira um. Não hesite, pois podem ser um ótimo ponto de partida e lhe ajudar bastante.

A seguir, compartilho algumas dicas para comer bem nas viagens.

Veja a avaliação dos locais ao redor da hospedagem

Uma das grandes ferramentas que temos hoje é o acesso às opiniões dos usuários dos serviços como hotéis, restaurantes, tours e pontos turísticos. Ao buscar uma hospedagem, faz-se necessária uma leitura detalhada das avaliações de quem já esteve em cada lugar, tanto as boas como as críticas negativas. Sugiro também uma pesquisa cuidadosa sobre o entorno da sua hospedagem; primeiro, para não perder o que existe ali por perto e também para conhecer eventuais riscos ou desafios. Com empenho e dedicação, vai encontrar um excelente custo-benefício.

Todas as dicas acima são básicas, mas minha maior contribuição para você é o detalhe da adoção de uma lente especial sobre como viajar: focar nos sabores e nas pessoas do seu destino.

Lembre-se de que, no final das contas, a experiência positiva (ou não) com pessoas e alimentação é que vai definir o seu veredito sobre a viagem, não é mesmo? Viagem não é apenas feita pelos pontos turísticos, os famosos sightseeings!

LEIA TAMBÉM: Viajar, comer e lembrar

Prato turístico versus prato típico

Vamos procurar diferenciar o que é a experiência de conhecer um prato típico, autêntico, preparado por uma fonte confiável, do desprazer de uma outra adaptação “sem-vergonha” que compromete seu paladar e bolso.

O perigo é que o prato turístico, muitas vezes, está empacotado como prato típico. Quem nunca entrou numa cilada dessas, não é mesmo?

Reserve um tempinho para contar a sua nos comentários.

“Pega-turistas”: corra sem olhar para trás

Fuja dos folhetos entregues a você nas ruas do Caminito, oferecendo o autêntico tango com parrilla em Buenos Aires. Corra como o diabo da cruz, do espetáculo de flamenco divulgado na Plaza del sol, na capital espanhola. E também passe longe dos “autênticos” crepes parienses, cujo cenário seria mais catastrófico se acrescido do duvidoso plano de ir com champagne em punho na Champs-Élysée, em plena virada de ano. Alguma implicação pessoal contra Paris, Madrid ou Buenos Aires? Jamais! São excelentes destinos e com uma divina gastronomia, mas caso se decida por um desses lugares, informe-se bem e estude previamente as opções.

Faça uma busca dos restaurantes onde aqueles pratos típicos que você já pesquisou são preparados com autenticidade. Em geral, são distantes dos pontos turísticos.

Uma boa dica é: se tiver o privilégio de conhecer um morador local, será dele que provavelmente virão as melhores sugestões. Você irá comer bem e gastará o justo.

Mercados, feiras livres e bazares

Trate de separar umas boas horas do seu itinerário para visitar as feiras populares, os mercados e bazares, porque é através deles que somos levados à alma de um povo, atingimos as nuances de uma cultura e detalhes das tradições.

Em muitas cidades do Brasil, os mercados municipais são sempre uma boa pedida, mas tenha atenção, pois vários deles são demasiadamente turísticos e podem acabar se transformando numa roubada. Um desses mercados da capital paulistana – cuja insistência de alguns vendedores leva você a comprar temperos a preços abusivos –, teve sua reputação manchada e foi alvo de denúncia de clientes, o que levou à punição de muitos outros comerciantes honestos.

Fiz inúmeras amizades em muitos mercados pelo mundo. A ampla maioria é de vendedores prestativos e simpáticos, mas não serão eles os primeiros a se aproximarem de você. Não tenha pressa. Circule muito, olhe, compare preços e só depois libere o acesso ao seu rico dinheirinho.

Aprenda a gastar bem com o que vale e com quem merece. Um bom papo, uma boa conversa com um experiente mercador pode lhe dar acesso a iguarias e ofertas incríveis, além de preciosas dicas de outros bons comerciantes.

Um destino, muitos amigos

Antes de ir pela primeira vez para Istambul, na Turquia, mergulhei em livros, guias e blogs de viagem, em busca das melhores opções para conhecer bem uma das cidades mais incríveis do mundo. Foi graças ao guia Istambul, uma cidade fascinante, escrito por Dala Achcar e Katia Mindlin Barbosa, que fui parar na loja de tecidos que, segundo elas, era confiável e tinha preços honestos.

As autoras escreveram: “Comprar no Grand Bazar não é uma experiência de consumo, mas sim outra forma de absorver a rica e diversificada cultura local!” Elas tinham razão. Nessa mesma loja do Grand Bazar foi onde comprei os melhores e autênticos tecidos e recebi dicas do local perfeito para comprar especiarias no mercado ao lado, chamado Spice Bazar.

A recomendação não poderia ter sido melhor: lá eu conheci a Develi Baharat Spice Center, gerida pelo, hoje, amigo Fatih Mehmet Develi.

Que tal se preparar para buscar o próximo destino, cheio de deliciosos sabores e ricas amizades?

Leia todos os artigos de André Mafra em Vida Simples.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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