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Uma casa que abraça
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Nossa casa é capaz de nos abraçar. Se olharmos para ela com atenção, carinho e amor, ela vai responder da mesma maneira.

Sempre acreditei que minha casa tem vida própria. Chegar depois de um longo dia na rua e cuidar carinhosamente dela, é algo que me distrai e me conecta de volta ao meu templo interior.
Regar uma planta, pregar um quadro que estava encostado, trocar um objeto de lugar ou achar um espaço para algo que acabei de ganhar, faz parte da minha troca diária com os espaços que ela me oferece, ajudando a trazer a percepção da importância do sagrado nos rituais do nosso cotidiano.
Pode parecer estranho, mas acreditem, eu converso com ela.

Alinhar nossas energias através destes pequenos gestos, agregando valor afetivo aos pequenos detalhes, energizando cantos e descansando os olhos em pequenas lembranças, faz parte de uma harmonização que trabalha em conjunto dentro de nós duas. Fazer com que essa relação saudável diariamente se materialize, conectando o que estava desconectado e fazendo brotar o que estava escondido através da organização, da limpeza e do descarte de coisas que não necessito mais, sempre me traz o entendimento do propósito feliz dessa parceria.

Eu curo a minha casa e me curo junto com ela criando um ambiente de vida arejado e sem excessos, propício ao relaxamento e a inspiração, como uma fonte de energia diária que em retorno me traz bem-estar, e tem o poder de abrir muitos caminhos na vida.

Um lugar que me dá colo e me atrai tão irresistivelmente, que sempre quero retornar. É uma troca justa e verdadeira que nutre e traz equilíbrio entre o desejo de receber e o de compartilhar, seja material, ou espiritual. Quando cuido da minha casa, e por consequência de mim mesma, desenho emoções de diferentes histórias que vivo constantemente. Tecnologia que amo, viagens que carrego nas minhas memórias, literatura que me traz conteúdo e cinema que não vivo sem.

Tudo o que me rodeia, me alimenta e faz parte da história que quero contar. Uma história que não podemos ver literalmente, mas que constantemente carregamos conosco. Somos o que faz sentido para cada um de nós e quanto mais alimento a alma da minha casa com as coisas que gosto e acredito, mais ela me acalma e faz eu me sentir no lugar mais seguro do mundo.

Acredite! Nossa casa é capaz de nos abraçar. Se olharmos para ela com atenção, carinho e amor, ela vai responder da mesma maneira. A energia de conexão entre a gente e a nossa casa pode ser muito potente e transformadora e tem força para expressar quem realmente somos se assim a gente escolher.

E o mais bacana desta relação mágica é que podemos, de forma inversa, transformar por completo qualquer área da nossa vida através destas curas em nossos ambientes. Quem olha para minha casa, enxerga minhas histórias e nada melhor do que nós duas juntas para contá-las.

Coloque seu olhar sobre sua casa, ela é algo vivo, e pode ser transformada em um lugar rico, saudável e luminoso, um lugar onde você poderá progredir, crescer e amar.

 

Clô Azevedo é arquiteta e acredita que a casa é uma extensão das vidas que a habitam. Desenvolve projetos de design de interiores afetivos para conectar pessoas com suas histórias, inspirando a reinventar seu próprio espaço, morar bem e viver melhor. Seu site é designafetivo.com.

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