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Somos protagonistas da nossa saúde
(Foto: Freepik) Estudos mostram que adotar hábitos mais saudáveis reduz em até 80% a incidência de doenças crônicas não transmissíveis
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Nunca se falou tanto sobre saúde. E, desde a pandemia, a saúde mental também ganhou os holofotes: ela nos empurrou a pensar no assunto de modo mais abrangente e integral. Somos o país mais ansioso do mundo e estamos entre os que têm os maiores índices de estresse — sentimos na pele as consequências do desequilíbrio emocional.

E você, se considera saudável? O que é ser saudável?

Concordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), que ampliou o conceito que saúde para além da ausência de doença, definindo-a como um estado de completo bem-estar físico, mental e social.

Minha proposta aqui é abordar a saúde sob todos esses aspectos e destacar o nosso papel como protagonistas nesse processo, porque a saúde e o bem-estar são resultados das escolhas que fazemos no nosso dia a dia.

A ciência comprova: nas últimas décadas, centenas de pesquisas mostraram os benefícios de ter uma vida ativa, fazer boas escolhas à mesa, cuidar da qualidade do sono e gerenciar o estresse. Esse combo forma o nosso estilo de vida.

Os estudos mostram que adotar hábitos mais saudáveis reduz em até 80% a incidência de doenças crônicas não transmissíveis, que estão entre as que mais matam no planeta: problemas cardíacos, diabetes, obesidade e diversos tipos de câncer.

O conjunto de evidências sobre os benefícios de ter uma vida em equilíbrio é a base da Medicina do Estilo de Vida, abordagem científica interdisciplinar que prescreve a adoção de hábitos saudáveis para prevenir, tratar e até reverter doenças crônicas.

Esse olhar abrangente destaca seis pilares:

  • Alimentação equilibrada, que prioriza os alimentos de origem vegetal;
  • Atividade física regular e vida ativa, com redução do tempo sentado;
  • Sono de qualidade;
  • Gerenciamento do estresse;
  • Controle do consumo de substâncias tóxicas (como cigarro e álcool);
  • Relacionamentos saudáveis (conexões horizontais, com amigos e família, e verticais, focando a espiritualidade).

Não são pilares isolados, mas um conjunto de elementos inter-relacionados, pois cuidar das emoções é tão importante quanto ter uma alimentação balanceada.

As pesquisas acenam para boas notícias: a primeira é que genética não é destino, nossos hábitos podem reduzir o peso dessa herança. Estudos apontam que o peso da genética para a saúde é de cerca de 20%; os outros 80% dependem de nós.

A segunda boa notícia é que os hábitos saudáveis podem influenciar a expressão dos nossos genes. É a epigenética, estudo de como os genes são ativados ou desativados a partir de fatores externos — nosso estilo de vida, por exemplo. Imagine a genética como um interruptor, que pode ser acionado ou não por você.

Todas essas descobertas reforçam a responsabilidade que temos pela nossa saúde. A expectativa de vida está aumentando, mas não queremos apenas uma vida longa. Queremos viver mais e viver melhor. O bônus da longevidade só vale a pena se for acompanhado de qualidade de vida.

Sabemos grande parte das atitudes que contribuem para uma vida saudável, o difícil é colocar em prática. Por outro lado, ser saudável não depende de dietas mirabolantes, produtos importados ou de passar horas em academias de luxo. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer grande diferença.

Vamos caminhar juntos aqui, onde vou compartilhar meus aprendizados e experiências. Lembrando sempre que o conhecimento só se torna sabedoria se colocado em prática, concorda?

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