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O diálogo entre líderes e equipes está na “UTI”
Essa imagem foi criada pela colunista Marina Proença com exclusividade para essa coluna, utilizando inteligência artificial com comandos a partir do texto. As ferramentas utilizadas foram: ChatGPT, Midjourney e Stablediffucion.
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O líder é aquele que orquestra o alinhamento de interesses entre muitas pessoas. Não é apenas sobre trazer resultados, nem apenas sobre fazer as pessoas se sentirem bem. É sobre equilibrar essas duas missões. 

Pessoas com suas necessidades atendidas e desejos realizados são mais felizes. Nossa qualidade de vida é muito afetada pela qualidade das nossas relações. No trabalho não é diferente, e estar feliz com os relacionamentos profissionais colabora com a nossa produtividade. Isso porque quando não precisamos nos proteger constantemente num ambiente hostil, sobra mais energia para fazer o nosso trabalho. 

É impossível criar um ambiente saudável de verdade sem abrir espaço para conversas verdadeiras. Isso inclui as conversas difíceis. E no momento atual do mundo, de grande complexidade, velocidade e incertezas, quem não consegue navegar ou conduzir essas conversas, sofre mais e entrega menos.

Liderança empática de verdade

Empatia e escuta ativa formam uma dupla de habilidades importante para abrir e manter o diálogo e entraram para a lista das habilidades do futuro no relatório do Fórum Econômico Mundial deste ano. 

Recentemente, finalizei uma pesquisa com líderes em diversas áreas e níveis de experiência, de 60 empresas, em quatro países. A unanimidade sobre a necessidade de ser um líder empático me chamou a atenção. Mas, apesar da empatia estar na ponta da língua, ela ainda não atingiu o coração das pessoas, muito menos foi incorporada como hábito.

Vejo líderes mimetizando falas doces ao dar notícias difíceis e perdendo clareza na mensagem. Da mesma maneira, vejo membros das equipes escolhendo silêncios seguros e priorizando a autoproteção em detrimento ao crescimento do grupo. Escolhas baseadas no medo. Medo de errar. Medo de ofender. De cair nos tribunais de exceção de grupos identitários. De ser cancelado.

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É possível praticar agora mesmo uma liderança do futuro

Conexão a partir de diálogos com propósito

E há quem se orgulhe em dizer “tem que ter medo mesmo”, como quem defende, com agressão, quem nunca mereceu ser tratado assim. É quase uma obra maquiavélica, cínica, sobre a justificativa dos meios pelos fins.

O diálogo conecta ideias e constrói conexões entre pessoas.

A resposta para a liderança efetiva mora na coragem de incluir de verdade, de considerar o outro e buscar um espaço que seja gostoso para indivíduos e coletivos, porque viver bem é fazer coexistir a satisfação nessas duas esferas da vida.

Times conectados e diversos trazem mais resultados. 

É preciso coragem para confiar em nossa capacidade de criar ambientes de trabalho saudáveis e acabar com os vieses confusos que minam as possibilidades de evolução.

  1. Criar espaço de trabalho com segurança psicológica onde as pessoas podem falar sem sofrer retaliações diretas ou indiretas;
  2. Estabelecer acordos e acompanhar frequentemente com os times;
  3. Abrir espaços de conversas individuais e em grupos sobre as necessidades e os desejos de cada um;
  4. Cuidar ativamente da inclusão e pertencimento (todos nós queremos nos sentir parte);
  5. Cuidar ativamente da qualidade de vida do grupo e tomando medidas para resguardar os acordos sobre o tema;
  6. Aprender a ter conversas difíceis e lidar com conflitos com zelo pelas pessoas;
  7. Estimular as pessoas a cuidarem do que é importante pra elas e não bloquear o espaço para exercerem seus papéis e o melhor de si;
  8. Requerer políticas claras sobre temas complexos (as empresas precisam investir em definir como abordar assuntos difíceis).

É preciso reanimar a escuta para que todos alcancem mais prosperidade e desentubar da UTI o diálogo para ganhar assertividade e compreensão.

Imagine um local de trabalho onde todo mundo está confortável com os desconfortos naturais que os desafios trazem, onde o medo não perdura e as pessoas são livres para serem quem são. Imagine um ambiente saudável, produtivo, onde todos podem dar o seu melhor e se sentem úteis. Esse é um espaço de efetividade, onde as coisas acontecem. 

Para criar um ambiente de liderança efetiva é preciso estabelecer confiança. E não há confiança sem diálogo.

Bora conversar?

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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